Considerado o grande responsável por levar o canibalismo às telas do cinema, Ruggero Deodato faleceu nesta quinta-feira, 29, aos 83 anos. O cineasta estava em sua casa, em Roma, na Itália. A causa da morte não foi revelada. Famoso por realizado o cult Holocausto Canibal (1980), Ruggero atuou por quase seis décadas na função de diretor. Natural de Potenza, no sul da Velha Bota, começou no na sétima arte como figurante, mas abandonou a carreira de ator após não ser escalado por Federico Fellini para um de seus filmes. Nos anos 1960, foi assistente de direção de Roberto Rossellini, tendo trabalhado em De Crápula a Herói (1959) e Viva a Itália (1961). Debutou como diretor m 1964, comandando a aventura/fantasia Ursus: Prisioneiro de Satanás, em que acabou não creditado, dando lugar a Antonio Margheriti.
Sua contribuição mais famosa foi realizada em 1980. Intitulada Holocausto Canibal, a obra acompanha um grupo de documentaristas que desaparece após ir à Amazônia filmar tribos antropófagos. A violência da trama fez Ruggero ter problemas com as justiças de Itália e Reino Unido, chegando, inclusive, a ter a produção banida em vários países.
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Aliás, o diretor foi forçado a revelar os segredos por trás dos efeitos especiais do longa e levar os atores perante um tribunal italiano, a fim de provar que eles ainda estavam vivos. Deodato também recebeu uma condenação pelo o uso da tortura de animais em seus filmes.
Nos anos seguintes, ainda dirigiu outros enredos encarniçados, tais como Inferno ao Vivo (1984), Contagem de Cadáveres (1986) e A Face (1987). Seu último projeto foi um segmento de Deathcember, antologia lançada em 2019. Reconhecido como grande influência por cineastas do gênero, Ruggero chegou a fazer uma ponta em O Albergue 2 (2007), de Eli Roth, no papel de um canibal.