Uma estrela da música japonesa nos deixou na última terça-feira, 28 de março. Ryuichi Sakamoto teve a morte confirmada em seu site oficial no último domingo, 02 de abril. Aos 71 anos, o artista sofria de câncer desde 2020. Famoso por seu trabalho na banda japonesa de música eletrônica Yellow Magic Orchestra, Sakamoto também conquistou a sétima arte com composições para filmes que lhe renderam diversos prêmios, tais como Furyo: Em Nome da Honra (1983) e, principalmente, O Último Imperador (1987).
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Ryuichi nasceu em Nakano, região especial da Metrópole de Tóquio, em 1952. Em 1970, estudou na Universidade Nacional de Tóquio de Belas Artes e Música, onde formou-se bacharel e mestre com ênfase em música eletrônica e música étnica. Em 1978, gravou seu primeiro disco. Na mesma época, tornou-se membro da banda de Yellow Magic Orchestra, ao lado de Haruomi Hosono e Yukihiro Takahashi. Juntos, alcançaram o topo das paradas britânicas com o sucesso “Firecracker“, influenciando o surgimento do acid house e do movimento techno do final da década de 1980 e começo da década de 1990. Em 1983, debutou no cinema compondo a trilha de Furyo: Em Nome da Honra, estrelado por David Bowie e pelo próprio Sakamoto, ambos como protagonistas. Pelo drama de guerra, venceu o BAFTA de Melhor Trilha Sonora.
Entretanto, Sakamoto estabeleceu de vez seu nome na indústria cinematográfica ao criar as faixas de O Último Imperador (1987), de Bernardo Bertolucci, juntamente com David Byrne e Cong Su. A empreitada lhes garantiu o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original em 1988. Ouros projetos famosos, como O Céu que nos Protege (1990), Olhos de Serpente (1998) e O Regresso (2015), também contaram com suas criações. Com mais de 100 participações em trilhas de filmes, Ryuichi deixa pelos menos ainda duas contribuições a serem lançadas, como o curta The Staggering Girl: A Choreographic Film, de Chris Kokkeel, e um projeto de Hirokazu Koreeda intitulado Monster. Fã confesso da Bossa Nova e também da música brasileira em geral, o artista chegou a colaborar com Caetano Veloso.