SAG Awards 2021 :: Filmes lançados em streaming poderão concorrer a prêmios

Publicado por
Bruno Carmelo

Conforme esperado, o SAG Awards se juntou ao Oscar e ao Globo de Ouro na proposição de mudanças nas regras para a sua premiação. Devido à pandemia de Covid-19, as salas de cinema estão fechadas, e podem permanecer assim por alguns meses. Por isso, diversos filmes cujo lançamento estava previsto para os cinemas foram prejudicados.

De acordo com as normais tradicionais, um filme só pode se qualificar para as maiores premiações da indústria norte-americana caso seja exibido durante mais de uma semana nas salas das maiores cidades do país (Los Angeles, Nova York etc.). Agora, de acordo com o novo formato, projetos cuja estreia comercial estava garantida nos cinemas, mas optaram pelo lançamento em plataformas online (porque talvez não conseguissem espaço uma vez que os cinemas fossem abertos) também serão considerados. A restrição por cidades está suspensa, caso algum dos filmes prejudicados consiga lançamento pós-pandemia em circuito restrito de salas.

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Parasita (2019), grande vencedor do SAG Awards 2020

 

Isso significa que filmes como o aclamado Tempo de Caça (2020), que trocou o lançamento nos cinemas pela Netflix, e a animação Trolls 2 (2020), exibida em PVoD antes de uma futura exibição em salas, se tornam possíveis concorrentes. Obras previstas desde o início para o streaming, como Resgate (2020), da Netflix, continuam excluídas. Estas regras visam proteger tanto o circuito exibidor tradicional, ou seja, as salas de cinema, quanto os produtores que se esforçam em disponibilizar os filmes neste formato.

Vale lembrar que a regra será temporária, buscando se adequar apenas ao ano de crise na produção e distribuição de filmes. O Oscar, Globo de Ouro e o SAG deixaram claro em seus comunicados que pretendem voltar ao formato tradicional a partir das edições 2022, correspondentes aos filmes lançados comercialmente em 2021. Outras mudanças podem ser acrescentadas nos próximos meses para se ajustarem à situação da indústria.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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