Nesta sexta-feira, 3, o governador de São Paulo, João Doria, confirmou a decisão de flexibilizar a abertura de serviços culturais. A mudança permite a retomada da atividade em cidades mantendo o nível de contágio de Covid-19 durante quatro semanas na fase amarela. Antes, o Plano São Paulo previa a abertura apenas na fase azul.
Para a cidade de São Paulo, isso significa que cinemas, teatros, museus, galerias, casas de espetáculo, centros culturais e bibliotecas poderão abrir a partir do dia 27 de julho, contanto que o prefeito Bruno Covas permita as novas medidas na cidade. Eventos com pessoas de pé, e sem controle de público, a exemplo de shows em locais abertos, continuam proibidos até a fase azul. Esta data também valeria para as cidades do ABC Paulista.
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No caso específico dos cinemas, a reabertura será acompanhada de regras: as bilheterias permanecerão fechadas e substituídas pela compra online, os espectadores precisarão se sentar a uma distância de 1,5 metro, a capacidade máxima de ocupação das salas será de 40%, e a venda de comidas e bebidas será interditada. Espectadores serão obrigados a utilizar máscaras e os estabelecimentos poderão funcionar durante no máximo seis horas por dia.
Grupos de risco, incluindo idosos e pessoas imunossuprimidas, serão desaconselhados a frequentar os locais, ainda que haja qualquer forma de proibição. A data prevista de 27 de julho depende da permanência da cidade de São Paulo na fase amarela, onde se encontra atualmente. Caso o número de casos aumente, a liberação seria revogada.
A antecipação da reabertura das atividades tem provocado calorosos debates dentro do setor cultural, devido à possibilidade de expor espectadores à contaminação, num momento em que os números não favorecem o otimismo. Teme-se que as medidas tenham sido motivadas por pressão dos grandes empresários ao invés da preocupação com o acesso do público à cultura.