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Treta pesada no mundo dos blockbusters baseados em histórias em quadrinhos. A atriz Scarlett Johansson está processando a Disney por conta do lançamento de Viúva Negra (2021) simultaneamente nos cinemas e no Disney+. A estratégia adotada por conta das dificuldades de circulação decorrentes da pandemia da Covid-19 vem dando o que falar em Hollywood, fazendo alguns temerem pelo futuro das salas de cinema, e, neste caso, deixando uma das mais requisitadas atrizes do momento um tanto quanto “pistola”. Para entender a indignação é bem simples: grande parte da remuneração de Scarlett Johansson vinha de um percentual de participação nas bilheterias, montante certamente menor do que o esperado exatamente por conta da disponibilidade concomitante do filme em outro meio, não exclusivamente nos cinemas. O processo foi aberto nesta quinta-feira, 29, no Tribunal Superior de Los Angeles.

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“A Disney induziu intencionalmente a quebra do acordo da Marvel, sem justificativa, para evitar que a Sra. Johansson percebesse os benefícios de seu acordo com a Marvel. A Disney optou por aplacar os investidores de Wall Street e aumentar seus resultados financeiros em vez de permitir que sua subsidiária Marvel cumprisse o acordo. Para a surpresa de ninguém, a violação do acordo pela Disney tirou um sucesso milhões de fãs dos cinemas e o colocou em direção ao seu serviço de streaming Disney +”, conforme consta no processo. De acordo com o Wall Street Journal, pessoas próximas a atriz calculam que as perdas dela chegam a US$ 50 milhões. Se bem-sucedido, o processo de Scarlett Johansson pode certamente encorajar outras ações parecidas.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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