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O público pode estar acostumado a ver as grandes atrizes de Hollywood envelhecerem e se manterem em atividade, fazendo filmes, peças e séries, como Judi Dench ou Maggie Smith, por exemplo, ou ainda Fernanda Montenegro e Nathália Timberg no caso brasileiro. No entanto, nem todas as atrizes desejam atuar pelo resto de suas vidas. Algumas abandonam a carreira, mesmo no auge, para se dedicar as outras atividades, ou apenas para fugir dos holofotes.

Abaixo, o Papo de Cinema relembra cinco casos de atrizes (e uma dupla) que decidiram se aposentar cedo:

 

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1. Cameron Diaz

Este é provavelmente o caso mais emblemático da indústria recente. A atriz se encontrava em ótimo momento na carreira, trabalhando em aproximadamente quatro filmes por ano até 2014. Ela foi indicada a quatro Globos de Ouro (por Quem Vai Ficar com Mary?, 1998, Quero Ser John Malkovich, 1999, Vanilla Sky, 2001, e Gangues de Nova York, 2002), e atuou em blockbusters como O Máskara (1994), O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), As Panteras (2002) e a saga Shrek (2001 – 2010).

No entanto, Diaz afirma ter pedido o prazer em atuar. Mesmo diante da possibilidade de uma sequência de O Máskara, declarou que não voltaria ao cinema. Enquanto isso, tem produzido livros sobre saúde e bem-estar. Seu último filme foi o musical Annie, em 2014.

 

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2. Amanda Bynes

A jovem atriz nunca foi particularmente bem recebida pelos críticos, no entanto, representou um dos rostos mais conhecidos do cinema adolescente durante os anos 2000, através de Tudo que uma Garota Quer (2003), Ela É o Cara (2006), e de seu próprio programa de televisão, The Amanda Show (1999 – 2002).

Entretanto, Bynes passou por problemas pessoais e de saúde que levaram à desistência de inúmeros projetos em cima da hora, para o desespero dos produtores. Assim, passou a ser considerada um nome pouco confiável dentro da indústria. Atualmente, estuda moda em Los Angeles. Seu último filme foi a comédia A Mentira, em 2010.

 

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3. Mary-Kate Olsen e Ashley Olsen

Enquanto atrizes mirins, as gêmeas Olsen tiveram ampla exposição na série Três É Demais (1987 – 1995), e depois em projetos voltados ao público familiar, como o filme As Namoradas do Papai (1995), as séries Dose Dupla (1998 – 1999), Gêmeas em Apuros (2001 – 2002) e Mary Kate e Ashley em Ação! (2001 – 2002). No entanto, a passagem à fase adulta não trouxe bons papéis à dupla, que teve dificuldade em se dissociar da imagem infantil, e em estabelecer uma carreira autônoma.

Em 2012, ambas anunciaram sua aposentadoria juntas, e decidiram investir na carreira da moda. A dupla criou três linhas de roupas e objetos, que vão do luxo ao prêt-à-porter. O último filme de Mary-Kate Olsen foi A Fera, em 2011, enquanto Ashley Olsen foi vista em pequenos papéis  em Tudo para Ficar com Ela (2009) e Eu Ainda Estou Aqui (2010).

 

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4. Greta Garbo

Os casos de aposentadoria precoce não afetam apenas jovem estrelas adolescentes. Na Era de Ouro de Hollywood, Greta Garbo representou um dos maiores nomes da indústria, transitando sem dificuldade do período mudo ao nascimento do cinema sonoro. A sueca foi indicada a 4 Oscars, por Romance (1930), Anna Christie (1930), Camille (1936) e Ninotchka (1939).

Apesar do reconhecimento, Garbo jamais demonstrou gosto pela fama. Conhecida pelo temperamento introvertido, e sofrendo com depressão, ela se sentiu particularmente afetada pelo fracasso da comédia Duas Vezes Meu (1941), optando por deixar o cinema. A atriz abandonou a profissão aos 36 anos de idade.

 

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5. Shirley Temple

A atriz mirim mais famosa de todos os tempos iniciou sua carreira aos três anos de idade, e aos cinco anos, já dançava, cantava, sapateava, e atuava. O fenômeno foi abraçado pela cultura norte-americana, que passou a vê-la em até oito filmes por ano, incluindo as comédias O Mascote do Regimento (1935), Pobre Menina Rica (1936) e O Pássaro Azul (1940).

Com esta carga de trabalho, antes dos 21 anos de idade, ela já tinha 40 projetos na carreira, e pouco tempo de infância e juventude aproveitados fora das filmagens. Temple anunciou sua aposentadoria aos 22 anos, limitando-se a participações especiais em programas de televisão. Ela se tornou empresária, trabalhou na Assembleia Geral das Nações Unidas e ocupou um cargo administrativo na Walt Disney Company.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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