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Seis produções brasileiras são selecionadas para o Festival de Berlim

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Entre as várias novidades acerca da seleção deste ano para a Berlinale, como é popularmente conhecido o Festival Internacional de Berlim, estão seis produções brasileiras. Três longas integram a Mostra Panorama, dois pertencem a Mostra Fórum, e o curta Mar de Fogo concorre ao Urso de Prata na categoria de curta-metragem.

Beira Mar é dirigido pelos gaúchos Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, sócios da produtora Avante Filmes, já conhecida no mercado audiovisual pelos trabalhos autorais em curta-metragens voltados para a temática da juventude e da sexualidade, como o premiado Um Diálogo de Ballet (2012). Os diretores estrearão seu primeiro longa na Mostra Fórum do Festival de Berlim deste ano e nele, voltam às temáticas que lhes são mais caras através dos personagens Martin e Tomaz, dois amigos que viajam para o árido litoral gaúcho e lá, passam dias de introspecção e reflexão em uma casa de vidro na beira da praia. No elenco, os atores Mateus Almada e Maurício José Barcellos. O filme será distribuído pela Vitrine Filmes e não possui previsão de estreia no Brasil.

Também na Mostra Forum está o longa Brasil S/A (2014)dirigido por Mário Pedroso, que já levou o prêmio de Melhor Direção no Festival de Brasília de 2014. O filme conta a história de um cortador de grama que, após ter seu emprego substituído por máquinas, migra para a cidade grande, onde se inscreve no Programa Espacial Brasileiro. A Forum, linha de Berlim que reconhece a importância de cineastas mais jovens, costuma valorizar o cinema brasileiro.

Selecionado para abrir a Mostra Panorama está o filme Sangue Azul (2014), do diretor Lírio Ferreira, o grande vencedor do Festival do Rio 2014. Estrelado por Daniel de Oliveira, o filme conta a história de Pedro, um garoto de dez anos que é entregue por sua mãe a Kaleb, o ilusionista do circo Netuno, que fazia temporada na ilha onde eles moravam. O ponto de partida dessa trama é o retorno de Pedro, agora chamado de Zolah, à sua ilha natal, vinte anos depois. Distribuído pela Imovision, também não tem data de estreia.

Também na Panorama, o filme Ausência (2014), assinado por Chico Teixeira, é uma co-produção Brasil/Chile/França e marca a segunda parceria entre a BossaNova Filmes e a Chilena Wood Producciones, que já produziram juntos o premiado Violeta foi para o Céu (2012). Não é a primeira vez que Teixeira leva uma ficção sua à capital alemã: o seu longa anterior, A Casa de Alice (2007), foi selecionado para a mesma mostra. Ausência é um drama de transição que acompanha Serginho, um jovem de quinze anos responsável pela mãe e pelo irmão menor, que sente-se solitário e carente em seu caminho em direção a vida adulta. No elenco, o jovem Matheus Fagundes e também o premiado ator Irandhir Santos.

Depois de passar pelos festivais de Locarno e de Sundance, a diretora Anna Muylaert, diretora de Durval Discos (2002) e de É Proibido Fumar (2009), levará o seu Que horas ela volta? (2015) para a Berlinale. A produção da Globo Filmes é protagonizada por Regina Casé, que interpreta Val, mãe que tenta reconciliar-se com sua filha adolescente depois de anos afastada trabalhando como babá de outra criança, o menino Fabinho, interpretado por Michel Joelsas, que estrelou quando criança o filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006).

Por fim, concorre ao Urso de Ouro o curta experimental Mar de Fogo (2015), dirigido por Joel Pizzini, que parte das pulsões estéticas do clássico Limite (1931), obra prima de Mario Peixoto, para conceber uma experiência estética diferenciada. O filme concorre com outras 26 produções pelo prêmio máximo da categoria de curtas. É o único nacional selecionado e um dos únicos três da América Latina, junto ao chileno San Cristobal (2015) e ao argentino The Mad Half Hour (2015)

O 65º Festival de Cinema de Berlim começa no dia 05 de fevereiro e segue até o dia 15 na capital alemã.

(Fonte: Redação PdC)

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