A sessão faz parte do ciclo Histórias do Cinema Americano, que a Sessão Aurora promove ao longo de 2015. O longa-metragem conta a história de um triângulo amoroso entre uma violinista, um tenente e uma princesa. Com a ajuda da amante do marido, a nobre descobre algumas malícias sobre a arte da sedução. O filme escancara a extrema liberdade sexual que irá progressivamente se instaurar nas personagens de Lubitsch, sempre loucas para transar, e o deboche em relação à aristocracia européia, a principal vítima do humor ácido do diretor.
O Tenente Sedutor foi realizado antes da aplicação do Código Hays, que regulamentou, e censurou, o cinema hollywoodiano a partir de 1934 com uma série de leis moralistas. Toda a parte dedicada à sexualidade do código teve o cinema de Lubitsch como a principal referência a ser combatida. O filme também marca em definitivo o estilo que ficaria conhecido como o Toque Lubitsch, caracterizado pela construção de cenas calcadas na medida perfeita entre o que deveria ser mostrado e o que poderia ser sugerido através da imagem.
(Fonte: Sala P.F. Gastal)