A releitura de um conto clássico invadirá a Sessão da Tarde desta terça-feira, 22. Trata-se de Cinderela, filme lançado em 2021 com Camila Cabello, Nicholas Galitzine, Idina Menzel, James Corden e Pierce Brosnan no elenco. Mas um artista, em especial, gerou debates ao ser escalado. Trata-se de Billy Porter, estrela de Pose (2018). Mas por qual motivo? Siga o fio e relembre!
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Na Sessão da Tarde, Cinderela é uma moça determinada que embarca em uma aventura musical para alcançar seus sonhos. Mas ela não está sozinha nessa empreitada. A garota conta com a ajuda de seu Fado Madrinho e ratinhos.
Acontece que Billy Porter foi escolhido para interpretar a Fada Madrinha, o que gerou debates e controvérsias, especialmente entre grupos conservadores. Porter, um homem negro e gay, deu vida a uma versão agênero da personagem, chamada Fab G, desafiando as representações tradicionais dos contos de fadas.
Em entrevista à Sky News, em 2020, Porter explicou sua abordagem: “estamos apresentando esse personagem como sem gênero, pelo menos é assim que estou interpretando. E isso é realmente poderoso. Esta é uma fábula clássica para uma nova geração. Acho que a nova geração está realmente pronta. As crianças estão prontas. São os adultos que estão atrasando as coisas”. Já a diretora Kay Cannon, ao Business Insider, em 2021, afirmou que escreveu o papel de Fab G especificamente para Porter, buscando oferecer uma releitura moderna e inclusiva do clássico. Ela afirmou que “a magia não tem gênero” e que queria mostrar isso de uma maneira diferente, destacando que Porter é incrível e que o resultado ficou ótimo.
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No Brasil, figuras públicas, como a atriz Regina Duarte, criticaram a escolha, alegando que a representação “ameaça os valores de nossas crianças”. Ela compartilhou um vídeo do ator Carlos Vereza, que também expressou descontentamento com a caracterização da Fada Madrinha como um homem de vestido e salto alto, sugerindo que isso faz parte de uma tentativa de “desconstruir a sexualidade das crianças”.
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Essas reações evidenciam o debate em torno da representatividade e da modernização de personagens clássicos. Há uma tensão evidente entre a preservação de tradições culturais e a crescente demanda por inclusão e diversidade nas mídias contemporâneas.
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