A Sessão da Tarde desta segunda-feira, 24, traz uma incrível história real que aconteceu em 2010. Quem não se lembra do acidente na mina San José, no Chile? O desastre culminou com 33 trabalhadores soterrados. Em 2015, o ocorrido ganhou filme: Os 33, de Patricia Riggen. Mas a obra – coproduzida por Chile, Colômbia, Espanha e EUA – enfrentou diversas polêmicas, que vão de “embranquecimento” até pagamentos de valores pré-acordados. Siga o fio e relembre!
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SESSÃO DA TARDE (24/03/2025): OS 33
Os 33 retrata o dramático resgate de um grupo de mineiros chilenos soterrados a 700 metros de profundidade após o colapso da mina San José. Durante 69 dias, os trabalhadores enfrentam fome, calor extremo e tensões psicológicas enquanto aguardam um resgate que parece improvável. Paralelamente, suas famílias pressionam o governo e acompanham as operações de salvamento.
OS 33: AS POLÊMICAS
Após o lançamento de Os 33, surgiram relatos de que os mineiros não receberam compensações financeiras adequadas pela venda dos direitos de suas histórias. Em 2015, o jornal O Globo noticiou que um dos mineiros, identificado como Zamora, mencionou receber uma pensão mensal de US$ 450 e que, nos primeiros quatro meses, deveria ter recebido um adiantamento de US$ 1.480 referente ao filme. No entanto, ele afirmou: “não recebi nada do que teriam que repassar (se refere aos US$ 513 mil que a produtora diz ter repassado). Do livro, só vieram US$ 1.030”.

Outros problemas da obra foram apontados pela crítica especializada. Uma delas foi a abordagem das falhas de segurança e as responsabilidades das autoridades e da empresa mineradora na tragédia. A Variety destacou que a produção focou no heroísmo dos mineiros, mas negligenciou uma análise mais profunda das causas do acidente e das condições de trabalho precárias. A escalação de atores não chilenos para papéis principais também gerou debates sobre representatividade. Antonio Banderas, espanhol, interpretou o líder dos mineiros, enquanto Juliette Binoche, francesa, assumiu o papel de uma vendedora de empanadas chilena. Tais escolhas teriam “embranquecido” a história.
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Por fim, embora o filme tenha contado com a consultoria de alguns dos mineiros, nem todos ficaram satisfeitos com a representação de suas experiências. Alguns afirmaram que certos aspectos foram dramatizados ou alterados para efeitos cinematográficos. Em entrevista à BBC Mundo, o mineiro Edison Peña expressou que sua personalidade foi modificada no filme, tornando-o mais agressivo do que realmente era.

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