Sindicato dos Roteiristas de Hollywood decreta o fim da greve

O WGA (Writers Guild of America), o Sindicato dos Roteiristas de Hollywood, anunciou que chegou a um acordo satisfatório com os grandes estúdios e encerra a greve da categoria a partir desta quarta-feira, 27. Vale lembrar que os roteiristas estavam de braços cruzados desde 02 de maio, na segunda maior paralisação da classe em Hollywood em número de dias (148 dias consecutivos, a maior foi em 1988 com 153 dias). Depois da unanimidade da votação pela aceitação dos termos propostos pelos estúdios, os roteiristas filiados estão autorizados a voltar ao trabalho. O sindicato descreveu o acordo como excepcional e afirmou que ele representa ganhos e proteções significativas à classe. Entre as conquistas, os roteiristas terão acesso ao número de horas assistidas em serviços de streaming para negociar reposições e valores. Outra vitória diz respeito à inteligência artificial. Os empregadores se comprometeram a avisar os roteiristas da utilização da ferramenta tanto para a criação quanto para reparos e não poderão obrigar seus contratados a utilizar a tecnologia. Também a IA não será considerada em termos de autoria.

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Vale destacar que além das questões relativas aos mecanismos de inteligências artificiais, o sindicato pleiteava uma grande reformulação da remuneração dos roteiristas, principalmente uma fórmula mais lucrativa relativa à plataforma de streamings e requisitos mínimos para alguém fazer parte de uma equipe de roteiro para todos os programas de TV. O fim da greve dos roteiristas de Hollywood deve significar uma verdadeira corrida para colocar em desenvolvimento inúmeros projetos congelados desde maio. Mas, vale lembrar, que o SAG, o Sindicato dos Atores e Atrizes de Hollywood, continua em greve.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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