Com uma arrecadação doméstica de mais de US$ 200 milhões (algo assombroso para uma produção que não conta com o apoio financeiro de um grande estúdio), Som da Liberdade (2023) chega em breve aos cinemas brasileiros envolto em diversas controvérsias. Endossado nos Estados Unidos (e, aos poucos, também por aqui) por figuras ligadas ao pensamento político da (extrema) direita, o longa-metragem agora vê explodir um escândalo envolvendo Tim Ballard, personagem que tem sua história contada no filme. De acordo com uma reportagem veiculada pela VICE, Ballard é acusado de má conduta sexual por pelo menos sete mulheres. A matéria afirma que as denunciantes acusam ele de comportamentos inapropriados com colegas em missões que visavam combater o tráfico humano e a exploração sexual de crianças.
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Ainda segundo a matéria, Tim Ballard teria obrigado colegas mulheres a dormir e a se banhar com ele, sob o pretexto de manter as aparências em missões nas quais estavam infiltrados entre traficantes. As acusações também apontam a supostas chantagens emocionais envolvendo fotos de colegas nuas e discursos do tipo “até onde você iria para salvar crianças?”. A Operation Underground Railroad, entidade fundada em 2013 para combater o tráfico sexual de crianças, anunciou que Ballard renunciou ao cargo de diretor em 22 de junho deste ano e que contratou um escritório de advocacia para investigar as denúncias: “contratamos um escritório de advocacia independente para conduzir uma investigação abrangente das alegações relevantes (…) no momento não faremos mais comentários a fim de preservar a integridade dessa investigação e proteger a privacidade de todas as pessoas envolvidas“.