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Ainda recente entre as plataformas de streaming, a Spcine Play tem se firmado como um dos principais polos de resistência para o cinema brasileiro inventivo e ousado. Além de exibir clássicos brasileiros e reunir obras raras de Ana Carolina, Helena Ignez, Andrea Tonacci e Hector Babenco, o serviço tem firmado parcerias com festivais e mostras.

Agora, o serviço passa a incluir 20 títulos pertencentes à Coletânea do Audiovisual Negro, selecionada pela Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). Trata-se de longas-metragens, curtas-metragens e séries de autores negros, trazendo questões raciais ao centro do debate. Entre os projetos, onze deles são dirigidos por mulheres negras, como Caixa d’Água (2013), de Thais Scabio e Gilberto Caetano, Dois Pesos (2017), de Rejane Neves, e Corpo Árvore (2018), de Ana Caroline Brito.

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Os filmes chegam à Spcine Play em dois momentos: a primeira metade está disponível desde 16/07, incluindo o longa-metragem Que os Olhos Ruins Não te Enxerguem (2019), sobre a diversidade racial dentro da comunidade LGBTQIA+ em São Paulo, e Tambores Afro Uruguaios (2017), curta-metragem a respeito da presença do Candombe no Carnaval do Uruguai.

Em 23/07, serão acrescentados novos títulos como o longa-metragem A Pedra (2019), documentário sobre identidade negra e racismo na educação, e o curta-metragem Eu Não Nasci para Ser Discreta (2018), sobre o preconceito contra homens efeminados dentro do meio LGBTQIA+.

Todos os títulos estarão disponíveis gratuitamente até 16 de janeiro de 2021.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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