Há uma avalanche de críticas negativas sobre Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019). Uma das reclamações mais frequentes – inclusive do nosso editor Marcelo Müller, cujo texto você pode conferir aqui – é que o encerramento da terceira trilogia da saga Skywalker “desdiz” muita coisa construída no capítulo anterior, Star Wars: Os Últimos Jedi (2018). O diretor deste, Rian Johnson, no ano passado bastante criticado pelos fãs mais empedernidos da franquia, falou, numa entrevista ao podcast Swing & Mrs, sobre esse retrocesso capitaneado por J. J. Abrams. E ele não se fez de rogado, comentando acerca dessa necessidade limitadora de agradar os consumidores de um produto.
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“Acho que abordar qualquer processo criativo a partir disso (deixar os fãs felizes) seria um erro que provavelmente levaria a um resultado exatamente oposto. Se entro em algo, mesmo em algo que acredito querer, se vejo exatamente o que acho que desejo na tela, é como ‘ok, tudo bem.’ Isso pode me fazer sorrir e me deixar neutro sobre a coisa. E não pensarei mais sobre ela depois. E isso não vai me satisfazer. Quero ficar chocado, surpreso, ser pego com a guarda baixa. Quero que as coisas sejam contextualizadas de outras formas, desejo ser desafiado como um fã quando me acomodo no cinema. É isso o que espero toda vez que vou ao cinema para ter a experiência que tive com O Império Contra-Ataca, algo emocionalmente ressonante, que aparentemente se conecta e faz sentido, realmente entendendo o coração da coisa de uma maneira que eu nunca esperava”, disse o cineasta.
É, parece de J. J. Abrams vai ter de conviver, por algum tempo, com essa sensação de “fiz o que os fãs pediram e me lasquei”. E você, o que achou do novo Star Wars?
