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Woody Allen voltou a ser notícia por algo que não diz respeito a seus filmes. Sua editora Hachette decidiu não mais publicar o livro de memórias do cineasta nova-iorquino, isso após uma série de manifestações negativas nas redes sociais e na imprensa, bem como um protesto formal dos funcionários do grupo nos Estados Unidos. “A decisão de não publicar o livro do senhor Allen foi difícil de tomar. Levamos muito seriamente a relação com nossos autores e não cancelamos livros por qualquer motivo. Publicamos e continuaremos publicando muitos livros desafiadores”, afirmou em um comunicado o Hachette Book Group. Essa decisão vem repercutindo, inclusive no mercado editorial. Stephen King, autor de diversos best-sellers, veio a público manifestar o seu “desconforto” com a situação.

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“A decisão da Hachette de abandonar o livro de Woody Allen me deixa muito desconfortável. Não é sobre ele. Não dou a mínima para o Sr. Allen. É alguém ficar amordaçado que me preocupa”, escreveu o autor em sua conta pessoal do Twitter. A também escritora Jo Glanville, ex-diretora do grupo English PEN e editora premiada no Index on Censorship, igualmente externou suas reticências quanto ao cancelamento: “Sempre tenho medo quando uma multidão, por menor que seja, exerce poder sem qualquer responsabilidade, processo ou possibilidade futura de reparação. Isso me assusta muito mais do que a perspectiva da autobiografia de Woody Allen chegar às livrarias”, disse ela ao jornal The Observer.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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