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Considerada uma das principais casas orientais da animação, uma das mais prestigiadas do mundo, o Studio Ghibli teve parte majoritária de suas ações vendidas recentemente à rede de televisão japonesa Nippon TV (NTV). Desse modo, o estúdio passa a ser uma empresa subsidiária da emissora. De acordo com informações confirmadas no Japão, a NTV comprou 42,3% das ações do estúdio que teve como seus maiores nomes artísticos Hayao Miyazaki e Isao Takahata (in memoriam). A informação da transação foi divulgada numa coletiva de imprensa que aconteceu no último dia 21, quinta-feira, pelo presidente da Nippon TV, Yoshikuni Sugiyama e pelo co-fundador, produtor e atual presidente do Studio Ghibli, Toshio Suzuki. As negociações que renderam a operação começaram a ser costuradas em 2022.

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As relações entre Studio Ghibli e Nippon TV são antigas. A emissora foi a primeira a exibir Nausicaä do Vale do Vento (1984), co-financiou de O Serviço de Entregas de Kiki (1989) e foi uma das apoiadoras da construção do Museu Ghibli. O Studio Ghibli passa a ser liderado por Hiroyuki Fukuda, diretor sênior de operações e diretor do conselho da NTV, com Toshio Suzuki mantendo a presidência e Hayao Miyazaki seguindo no cargo ocupado atualmente, o de presidente honorário. Aliás, o Ghibli confirmou que a venda foi em parte motivada pela busca por um herdeiro criativo de Miyazaki, especialmente depois que o filho dele, Goro Miyazaki, recusou essa posição. Como acionista majoritária, a Nippon TV promete manter os valores artísticos pelos quais o Ghibli se notabilizou.

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Hayao Miyazaki. Foto/divulgação
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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