A partir desta quarta-feira, 16, a Marina da Glória, um dos espaços mais bonitos do Rio de Janeiro, vai receber o Telecine Open Air, iniciativa considerada uma das principais experiências cinematográficas ao ar livre do mundo. Até o dia 04 de outubro desfilarão pela telona montada especialmente para o evento alguns clássicos inesquecíveis do cinema, outros que já pedem passagem nesse panteão por conta da relação com o público e o lançamento de um longa-metragem pelo recém-criado selo Première Telecine. Diante do nosso panorama pandêmico que exige distanciamento social, a estrutura do Telecine Open Air foi adequada para funcionar como Drive-in, em torno do qual serão observados todas os protocolos sanitários. E o Papo de Cinema suou a camisa para escolher apenas cinco destaques entre os filmes que serão exibidos no evento.
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Além disso, e para comemorar o batismo do evento, o Telecine montou uma cinelist imperdível com boa parte dos filmes que integraram os até agora 18 anos de Open Air. Aliás, no fim desta matéria (como bônus), listamos os nossos favoritos da cinelist para que você possa programar desde já suas sessões. E aos cariocas, o convite está feito: Telecine Open Air 2020 está na área.
Três Verões (2020)
Madalena (Regina Casé) gerencia a residência do casal Edgar (Otávio Müller) e Marta (Gisele Fróes). Os grandes acontecimentos da mansão à beira-mar são as festividades de Natal e Ano-Novo. Depois das grandes celebrações de 2015, os proprietários não aparecem em 2016. Saber o que lhes terá acontecido será um dos motivos pelos quais a governanta passará a se embrenhar num manancial de segredos alheios e questões inesperadamente pessoais. O filme teve sua première mundial no Festival de Toronto 2019, logo depois sendo exibido com destaque no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo do mesmo ano. Além das projeções no Telecine Open Air, Três Verões inaugurou o selo Première Telecine, sendo lançado comercialmente direto no streaming da rede. Exibição no Telecine Open Air: 16/09 – 20h.
La La Land: Cantando Estações (2018)
Esse certamente tocou os corações não apenas dos apaixonados, mas também dos fãs do musical. Um dos emblemas da Era de Ouro de Hollywood, o gênero é revisitado nessa história que gradativamente trata de desnudar ideais com um tom fabular. Um jovem aspirante a músico se encanta por uma atriz em fase de ascensão. Ambos são atraídos pelas promessas de felicidade eterna, mas não demoram a encontrar as dificuldades num relacionamento que gradativamente vai tendo desgastada a noção romântica do “felizes para sempre”. Grandes números coreografados, reviravoltas empolgantes e o desempenho não menos que excelente de Ryan Gosling e Emma Stone garantem o sucesso desse longa que quase ganhou o Oscar de Melhor Filme. Foi por pouco. Exibição no Telecine Open Air: 19/09 – 22h.
Central do Brasil (1998)
Um dos grandes filmes da Retomada do cinema brasileiro. Em cena, um menino tentando driblar as dificuldades de orfandade para encontrar-se com o pai. Ele é ajudado por uma mulher de comportamento duvidoso, mas irremediavelmente conquistada por uma missão que pode fazê-la se reconectar com elementos há muito encobertos pelo cinismo com o qual foi levada a encarar a vida. Urso de Ouro no Festival de Berlim, Urso de Prata de Melhor Atriz (dá-lhe Fernanda Montenegro), vencedor do Globo de Ouro 1999 de Melhor Filme Estrangeiro e indicado ao Oscar 1999 de Melhor Filme Estrangeiro. Um road movie que vai entrecortando o Brasil, como que o revelando, na medida em que mostra esses dois personagens se completando, apoiando-se mutuamente. Exibição no Telecine Open Air: 30/09 – 18h.
O Senhor dos Aneis: A Sociedade do Anel (2001)
Muita gente saiu embasbacada do cinema após assistir à primeira parte das aventuras da Terra Média transpostas à telona. A empreitada parecia arriscada demais, fadada ao fracasso diante das dificuldades impostas por uma história ambientada num mundo fantasioso e repleto de detalhes importantíssimos. O cineasta Peter Jackson conseguiu o inesperado, ou seja, provou-se digno da incumbência, assim dando início à sua consolidação como um dos nomes mais influentes em Hollywood na primeira década dos anos 2000. A jornada dos hobbits que saem dom Condado com a tarefa de destruir um objeto poderoso (capaz de tentar seu portador) é repleta de figuras marcantes e momentos inesquecíveis. Viriam dois filmes na sequência para confirmar o que já tínhamos visto nesse filmaço. Exibição no Telecine Open Air: 25/09 – 18h.
Uma Linda Mulher (1990)
Este filme cunhou Julia Roberts como uma estrela incontornável nos anos 1990, tanto que a produção de seus projetos subsequentes era badalada nos bastidores, inclusive, pelas quantias nababescas pagas como cachê à estrela que arregimentava um número expressivo de espectadores. Fazendo par com o então consagrado Richard Gere, ela vive uma prostituta levada a experimentar um verdadeiro conto de fadas. O longa ficou tão cristalizado no imaginário geral como sinônimo de “história de amor exemplar”, que vários filmes recentes o utilizaram exatamente para mostrar como Hollywood adora maquiar a realidade para que ela pareça menos cruel e, por conseguinte, mais propensa a milagres renovadores. De todo modo, é só ouvir Roy Orbison cantando Pretty Woman para que a imagem da mulher que finalmente encontra um príncipe encantado venha à mente. Exibição no Telecine Open Air: 20/09 – 22h.
NOSSO FILMES FAVORITOS DA CINELIST TELECINE OPEN AIR
Matrix (1999) – Um marco do cinema sci-fi dos anos 1990. Pílula vermelha ou azul?
Dor e Glória (2019) – Pedro Almodóvar e Antonio Banderas. Já é o suficiente, não?
De Volta para o Futuro (1985) – Um dos filmes mais divertidos que os Estados Unidos já produziram.
Bacurau (2019) – Destaque do cinema brasileiro recente, mostra do que é feita a nossa gente.
Um Lugar Chamado Nothing Hill (1999) – Porque é apaixonante de um jeito difícil de esquecer.
E.T.: O Extraterrestre (1982) – Uma das amizades mais bonitas do cinema não poderia ficar de fora.
O Poderoso Chefão (1972) – O melhor filme de todos os tempos? Se não for, está bem perto de ser.
Pulp Fiction (1994) – Quentin Tarantino na veia com um elenco que faz jus ao roteiro brilhante.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981) – Indiana Jones, baby. Só isso está ótimo.
Titanic (1997) – Amor separado pelas forças da natureza e, sobretudo, pelas configurações sociais.
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