Conhecido por filmes de caráter intimista, o cineasta Terence Davies faleceu no último sábado, 07, aos 77 anos. O falecimento do artista britânico foi anunciado por meio de sua conta no Instagram. Segundo o post, o diretor, que atuou na sétima arte entre 1976 e 2021, e figurou em inúmeros festivais e premiações, “morreu em paz, em sua casa, depois de uma breve doença”. A seguir, relembre alguns momentos importantes da trajetória de Davies.
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Nascido na cidade de Liverpool, na Inglaterra, Terence Davies era o caçula de dez filhos de pais católicos da classe trabalhadora. Depois de deixar a escola, aos 16 anos, trabalhou por uma década como balconista antes de deixar a região que nasceu para estudar na Coventry Drama School, em Coventry. Lá, debutou no cinema ao escrever o roteiro do que se tornou seu primeiro projeto autobiográfico, o média-metragem Children, filmado na BFI Production Board e lançado em 1976. Após essa introdução, frequentou a National Film School, completando Madonna and Child (1980), uma continuação da história de seu alter ego, Robert Tucker, relatando seus anos como balconista em Liverpool.
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Se tornou conhecido no cenário cultural ao comandar o drama musical Vozes Distantes (1988), que lhe rendeu troféus nos festivais de Cannes e Locarno, além de uma indicação ao Prêmio César (o “Oscar Francês”) de 1989. Em seguida, lançou O Fim de um Longo Dia (1992), também exibido em Cannes, dando sequência a sua ascensão. Ambos longas, de diferentes formas, são inspirados no amadurecimento pessoal de Davies como homossexual em uma família católica dos anos 1950 e 1960. Terence voltou a viver um pequeno auge com A Essência da Paixão (2000). A obra, que lhe nomeou ao BAFTA de Melhor Filme Britânico, é uma adaptação do romance de Edith Wharton, que trata sobre a elite de Nova York no início do século XX.
Em sua última década de vida, lançou obras como Amor Profundo (2011), Além das Palavras (2016) e Benção (2021), todos elogiados pela crítica e projetados em importantes festivais, como Londres, Munique e San Sebastián. Davies, que não era casado e não teve filhos, foi ressaltado pelo jornal britânico The Guardian como “admirado” por sua “abordagem sempre sensível a dramas reais“.
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