O cineasta brasileiro Toni Venturi morreu na tarde deste sábado, 18, por afogamento, na praia de São Sebastião, no litoral norte do estado de São Paulo. De acordo com as autoridades locais, o artista passou mal enquanto nadava e acabou se afogando, tendo o seu óbito confirmado às 17h40 pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A informação foi anunciado pela esposa de Toni, a atriz Debora Duboc, que estava nas imediações do local onde ocorreu a fatalidade “Eu estava na casa do meu irmão quando fiquei sabendo e corri para a praia. Quando cheguei, ele já estava na maca, entrando na ambulância. Tentaram reanimá-lo. E eu cantei o tempo todo para que ele ouvisse minha voz, se apegasse a isso, mas não deu”, conta Débora.
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Na adolescência, Toni Venturi começou a exercer a sua paixão pelo cinema ao fundar um clube da Sétima Arte no Colégio Estadual Vocacional Oswaldo Aranha, em São Paulo. Em 1976, aos 26 anos, mudou-se para o Canadá e cursou Artes Visuais pela University Of Ryerson. De volta ao Brasil, em 1987, formou-se em Comunicação Social pela USP. Estreou como produtor e diretor de fotografia do curta Under the Table (1984), realizado no Canadá. Treze anos depois, debutou na direção de longas com o documentário político O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes (1997), premiado com o Troféu Especial da Associação Paulista de Críticos de Arte. Começou a se destacar como realizador após seus trabalhos em Latitude Zero (2001), exibido no Festival de Berlim, e Cabra-Cega (2004), pelo qual foi premiado nas categorias de Melhor Filme do Público e Direção no Festival de Brasília.
Toni Venturi ainda ganhou os troféus de Melhor Filme (por júri e crítica) e Melhor Direção no Cine PE 2011 com Estamos Juntos (2011) e foi agraciado em 1998 com o Troféu Especial concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte por O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes (1997). Seu último trabalho foi Dentro da Minha Pele (2020).
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