Um dos principais nomes do cinema de horror da atualidade, Robert Eggers está prestes a lançar uma nova versão de um dos clássicos do Expressionismo Alemão. Em Nosferatu (2024), Bill Skarsgård vive o Conde Orlok, enquanto Lily-Rose Depp interpreta o papel da jovem que se torna o objeto de desejo desse conde monstruoso. Completam o elenco principal Nicholas Hoult, Willem Dafoe, Aaron Taylor-Johnson, Emma Corrin, Ralph Ineson e Simon McBurney. A trama é adaptada extraoficialmente do livro Drácula, de Bram Stoker, e mostra um jovem corretor de imóveis sendo enviado a um castelo para atender seu conde recluso, este que se revela um vampiro secular.
O filme chega às telonas dos Estados Unidos em 25 de dezembro, assim prometendo um Natal bem diferente aos estadunidenses. De acordo com o Filme B, a produção será lançada nas telonas do Brasil em 02 de janeiro de 2025. Aliás, recentemente foi anunciado que ela terá 132 minutos, ou seja, um acréscimo de quase 40 minutos em relação à metragem do filme original, que é de pouco mais de 90 minutos.
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O DIRETOR
Robert Eggers nasceu na cidade de Lee, nos EUA. Estudou cinema na Universidade de Nova Iorque e começou sua carreira em diversos setores da indústria cinematográfica, acumulando experiências como figurinista e designer de produção. Debutou em longas trabalhado no figurino do horror YellowBrickRoad (2010). Atingiu fama logo em sua estreia como diretor. Por A Bruxa (2015) foi condecorado no Independent Spirit Awards e virou um dos destaques do Festival de Sundance. Deu sequência a sua ascensão com o drama O Farol (2019), premiado no Festival de Cannes, logo depois migrando às grandes produções com o interessante O Homem do Norte (2019).
“Estou tentando ir além dos meus limites. Como sempre, tivemos uma filmagem difícil. Estou muito feliz de ter feito O Homem do Norte antes e ter aprendido o que aprendi. Quando penso sobre o plano de produção de Nosferatu, tenho certeza que teria conseguido dar um jeito, mas é difícil não imaginar sendo um fracasso [sem a experiência prévia]”, disse o diretor numa entrevista à Empire.
BASEADO NUM FILME PROIBIDO?
O cineasta alemão F. W. Murnau foi contratado por Albin Grau e Enrico Dieckman, fundadores da Prana Film, fazer um longa-metragem alemão sobre Drácula nos anos 1920. Contudo, não houve acordo para a aquisição dos direitos autorais do livro de Bram Stoker – a viúva do autor então falecido recusou a proposta financeira alemã. Diante desse impasse, Grau e Murnau decidiram driblar as restrições legais ao rebatizar o personagem vampiresco como Conde Orlock, atribuindo-lhe características mais monstruosas, como as feições de morto-vivo, os braços compridos e um deslocamento pesaroso. Todavia, essa manobra não foi suficiente, pois a viúva de Bram Stoker processou a produtora que, uma vez derrotada nos tribunais, foi obrigada a fechar as portas. O veredito foi: destruir as cópias do filme, algo que felizmente não aconteceu completamente, o que nos permite assistir a um dos principais filmes de horror do princípio do século 20.
OUTRA VERSÃO ASSINADA POR UM ALEMÃO
Nosferatu já havia ganhado uma releitura colorida pelas mãos de um cineasta de peso nos anos 1970. Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979) foi comandado por Werner Herzog, com Klaus Kinski, Isabelle Adjani e Bruno Ganz nos papeis principais. Exibido no Festival de Berlim 1979, no qual foi celebrado pelo Design de Produção com o Urso de Prata, o remake foi premiado com o Troféu Top Estrangeiros do National Board of Review 1979. A pedido da 20th Century Fox, o diretor produziu duas versões simultaneamente: uma em alemão, a outra em inglês. A dublagem foi realizada com os atores originais em ambas as versões, o que significa que as próprias vozes dos intérpretes poderiam ser incluídas na versão em inglês do longa. O próprio Herzog disse que considera a versão em alemão a “culturalmente autêntica”.
E VIROU ATÉ MEME
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