Alain Delon: A temporada 2024 do evento que traz o melhor do cinema francês ao Brasil acaba de ganhar cartaz oficial. Quem estampa a arte da 15ª edição do Festival Varilux – que contará com 20 produções inéditas e recentes para as salas de cinema de todo o país – é ninguém menos que Alain Delon, ícone do cinema francês que faleceu em agosto deste ano, aos 88 anos.
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Além de ilustrar o pôster, Alain Delon também contará com homenagem do Varilux, que exibirá O Sol por Testemunha (1960), primeiro grande papel da carreira de Alain, em apresentação especial. Confira o cartaz a seguir:
Nascido em 1935, Sceaux, na França, Alain Fabien Maurice Marcel Delon era filho de um projecionista (que mais tarde chegou a dirigir filmes) e de uma assistente de farmácia que trabalhou na recepção de uma sala de cinema. Depois de servir o exército francês, trabalhou como porteiro, garçom e vendedor. Nos anos 1950, ficou amigo da atriz Brigitte Auber, que havia feito Ladrão de Casaca (1955), de Alfred Hitchcock, e com ela engatou um relacionamento que mudaria o curso de sua vida. Com Brigitte, foi ao Festival de Cannes de 1957, onde teve seu primeiro contato com o mundo do cinema. Alain Delon chamou a atenção de muitos produtores por sua beleza.
Mesmo sem nenhuma formação como ator, Alain Delon estreou no cinema com Uma Tal Condessa (1957). Ao debute seguiram Basta Ser Bonita (1958), Cristina (1958) e O Ponto Fraco das Mulheres (1959), este muito famoso na França, o que lhe alçou diretamente ao patamar de um dos principais astros jovens em ascensão do país.
A carreira de Alain Delon mudou de rumo ao protagonizar O Sol por Testemunha (1960), de René Clément, no qual interpretou o ladino Tom Ripley, criação da escritora Patricia Highsmith que, aliás, era admiradora pública do trabalho do jovem astro francês. O filme foi um sucesso na França e também nos circuitos de arte dos países de língua inglesa.
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Ao longo de sua trajetória, Alain Delon venceu um prêmio César (o “Oscar francês”), foi indicado a um Globo de Ouro e homenageado em diversos festivais, como Cannes e Berlim. “Delon era, sem dúvida, uma pessoa complexa e controversa. Ele inspirou toda uma geração. Escolhemos apresentar O Sol por Testemunha pela originalidade de seu roteiro e pela incrível direção de fotografia. Também porque é atemporal”, comentou Emmanuelle Boudier, curadora e diretora do Festival Varilux, em nota à imprensa.
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