A diversão é umas das atividades que os humanos mais buscam durante sua breve experiência de vida. É porque, apesar da humanidade possuir mais de 300 mil anos, cada ser humano vive apenas por volta de 70 anos. Esse número pode ser ainda menor, a depender da região e dos aspectos biológicos.
Em tão pouco tempo, queremos aproveitar ao máximo as experiências de estar vivo e a diversão tem um lugar fundamental nisso. Quando buscamos alguma atividade como viajar, pular de paraquedas ou jogar nos jogos do Spin City, estamos também aproveitando a vida. Porém, o problema começa quando essa atividade começa a prejudicar a vida e o dia a dia das pessoas.
No caso dos jogos, o problema do vício costuma ser mais comum porque é uma atividade muito acessível. A verdade é que o vício em jogos de azar é um problema crescente que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Com a expansão dos jogos de azar online e o aumento das casas de apostas, cada vez mais indivíduos enfrentam dificuldades relacionadas a essa prática. Vamos ver os gatilhos psicológicos por trás disso, e como evitá-los?
Jogos de azar são atividades em que a sorte é o principal fator determinante para o resultado. O vício ocorre quando o indivíduo passa a depender desses jogos para se sentir bem ou aliviar o estresse, levando a consequências negativas na vida pessoal, profissional e financeira. Há uma diferença clara entre jogar ocasionalmente, como forma de entretenimento, e ter um problema com o vício em jogos de azar.
Primeiro, precisamos entender o que é vício. Comer muito chocolate é um vício? Dormir muito pode ser um vício? Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vício é considerado um transtorno mental e, no caso do jogo, é classificado como “transtorno do jogo” ou “jogo patológico”.
Assim, podemos dizer que o vício é um padrão complexo e crítico de comportamento que se desenvolve ao longo do tempo, caracterizado por uma compulsão irresistível, perda de controle e persistência, mesmo o doente sabendo das consequências negativas.
Existem diversos fatores psicológicos que contribuem para o desenvolvimento do vício em jogos de azar. Diversos estudiosos e cientistas se debruçaram ao longo do tempo nessa questão em busca de respostas e dentre os resultados mais populares, destacamos os seguintes:
Os gatilhos para o vício podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns fatores são comuns, como ambientes de apostas, situações estressantes e a facilidade de acesso proporcionada pela internet. A publicidade também pode desempenhar um papel importante, estimulando o interesse pelos jogos de azar. Identificar e enfrentar esses gatilhos é fundamental para prevenir e tratar o vício.
Se você percebe que está gastando cada vez mais tempo e dinheiro com jogos de azar, mentindo para amigos e familiares sobre suas atividades ou se sentindo ansioso e irritado quando não está jogando, pode ser o momento de procurar ajuda. Outros sinais incluem o endividamento e a negligência de responsabilidades pessoais e profissionais.
Existem diversos recursos disponíveis para quem enfrenta o vício em jogos de azar, como grupos de apoio, terapeutas e psicólogos especializados. A ajuda de amigos e familiares também é fundamental no processo de recuperação. Manter-se motivado e focado nos objetivos é essencial para superar o vício.