O ator Wagner Moura, estreante na direção com Marighella (2019), filme que teve sua première mundial no Festival de Berlim, falou neste domingo, 18, sobre a polarização que reina atualmente no Brasil, isso numa entrevista coletiva durante o Festival Internacional de Cinema de Santiago, no Chile, onde a sua cinebiografia de Carlos Marighella teve sua primeira exibição latino-americana. No bate-papo com os jornalistas, ele disse que está ciente de que seu longa provavelmente será recebido com protestos por boa parte da sociedade brasileira quando estrear, no dia 20 de novembro, e que o Brasil é governado por um presidente que defende abertamente a tortura e a ditadura.
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“O Brasil está completamente dividido, polarizado de uma forma estúpida. Creio que haverá um cinturão de amor ao redor do filme por parte das pessoas que querem vê-lo agora, neste momento do país, mas a coisa está tão feia que é possível que haja gente nas salas gritando ou impedindo sua projeção”, disse Wagner que se disse feliz por debutar na América Latina num país que sabe bem o que é uma ditadura militar. “Essas histórias precisam ser contadas, não podemos esquecê-las. Contar essas histórias, para mim, é muito importante”. Wagner afirmou que prepara uma minissérie para a Rede Globo com o material do filme, nos moldes de outros produtos da emissora.
Marighella é protagonizado por Seu Jorge. Ele interpreta Carlos Marighella, político, escritor e guerrilheiro que foi uma peça essencial da luta armada, da resistência contra a Ditadura Civil-militar brasileira.
(Com informações da Reuters)
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