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_mariaRealizador de filmes extremamente pessoais e sem concessões ao cinema narrativo, o diretor alemão Werner Schroeter (1945-2010) é tema de uma retrospectiva especial no XI Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece de 28 de outubro a 04 de novembro, em Salvador e Cachoeira, na Bahia. A mostra reúne dez filmes do cineasta que antecipou as instalações multimídias, inserindo telas múltiplas e colagens no seu trabalho ainda no final dos anos 1960.

Dessa época, a mostra exibe Argila (1969)e Eika Katappa (1969), filmes marcados pela experimentação. No primeiro, o diretor apostou em uma projeção dupla, unindo uma cópia muda em preto e branco com outra colorida e sonorizada. O segundo é o longa inaugural de Schroeter, definido por ele como uma coleção de associações de imagens e sons do mundo em que vivo.

Diversificando estilos, ele produziu algumas de suas obras mais conhecidas na década de 70, caso de A morte de Maria Malibra (1972) livremente inspirado na vida de uma meio-soprano que conquistou Rossini e Bellini com sua voz e beleza. Nessa fase estão o surrealismo de Willow Springs (1973), o olhar sobre o nazismo de Piloto de Bombardeio (1970), e o ensaio cinematográfico de O Anjo Negro (1974). O período é representado ainda por Os flocos de ouro (1976), longa ambientado em uma Cuba imaginária (rodado na França) e falado em vários idiomas.

Dos anos 1980, marcados pela inserção de uma vertente documental no cinema de Schroeter, o Panorama traz Sobre a Argentina (1986), documentário no qual compara as informações oficiais publicada durante a ditadura com depoimentos de vítimas e famílias de desaparecidos. A programação se completa com O concílio de Amor e O dia dos Idiotas (1982).

(Fonte: Quarta Via Comunicação)

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