O astro William Hurt, vencedor do Oscar em 1986, faleceu de causas naturais no último domingo, 13, aos 71 anos. A morte foi confirmada por seu filho, Will. “É com grande tristeza que a família Hurt lamenta a morte de William Hurt, pai amado e ator, no dia 13 de março de 2022, uma semana antes do seu aniversário de 72 anos. Ele morreu pacificamente, entre seus familiares. A família pede privacidade“, diz comunicado enviado pelos entes mais próximos ao site Deadline. Vale lembrar que, em 2018, foi divulgado que Hurt tinha um câncer terminal na próstata e que o tumor tinha se espalhado para os ossos.

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O artista começou sua carreira no final dos anos 1970, participando da popular série Kojak. Sua estreia nas telonas aconteceu apenas em 1980, mas logo lhe rendeu destaque, interpretando o personagem Eddie Jessup, na elogiada ficção científica Viagens Alucinantes (1980). A partir daí, enfileirou bons trabalhos que marcaram a década, como Corpos Ardentes (1981), Filhos de Silêncio (1986) e Nos Bastidores da Notícia (1987).

Entretanto, seu maior êxito foicoprodução Brasil/EUA O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco, no qual encarna Luis Molina, um homem condenado por corrupção de menores. No enredo, dividia uma cela numa prisão brasileira durante a ditadura militar com o prisioneiro político de esquerda Valentín Arregui (Raúl Júlia). Neste drama também estrelado por Sônia Braga, William venceu o Oscar de Melhor Ator e se consagrou pela mesma categoria no Festival de Cannes de 1985. Para as novas gerações, o estadunidense é mais conhecido pelos premiados filmes Marcas da Violência (2005) e Na Natureza Selvagem (2007), além de dar vida ao General Ross, em cinco filmes do Universo Cinematográfico Marvel. Considerado reservado pelos amigos, foi casado por três vezes e teve quatro filhos. Além da carreira no cinema, Hurt era piloto e tinha como avião um Beechcraft Bonanza.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios e revistas como colunista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: victor@papodecinema.com.br

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