O cineasta alemão Wolfgang Petersen morreu nesta sexta-feira, 12, em decorrência do avanço de um câncer no pâncreas. A notícia foi confirmada pela produtora do artista apenas nesta terça-feira, 16. Filho de um oficial da marinha, Petersen frequentou o teatro na infância e começou muito cedo a fazer experiências com filmagens em 8mm, ainda na escola. Mais tarde, depois de comandar algumas peças de teatro na cidade de Hamburgo, na Alemanha, chamou a atenção da televisão, meio em que dirigiu filmes que tratavam de questões polêmicas, tais como a poluição ambiental e o exercício da sexualidade. Depois desse início em seu país natal – dirigindo filmes como o ousado A Consequência (1977) –, em 1981 ele teve uma consagração internacional ao comandar O Barco: Inferno no Mar, filme indicado a seis Oscar, incluindo duas para ele (Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado).
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Cooptado por Hollywood, Wolfgang Petersen teve sucessos na seara norte-americana do cinema, sendo um de seus mais conhecidos a fantasia infanto-juventil A História sem Fim (1984). Entre os longas-metragens que ele dirigiu estão também Inimigo Meu (1985), Força Aérea Um (1997), Epidemia (1995) e Troia (2004). Ao longo de sua prolífica carreira, Petersen foi frequentemente citado como alguém que primava pelo profissionalismo e pela atenção aos detalhes, mas também muito criticado por ter dedicado boa parte de sua criatividade à construção de espetáculos convenientes às grandes bilheterias. Após o fracasso de crítica de Poseidon (2016), indicado à Framboesa de Ouro de Pior Remake, Wolfgang Petersen se retirou do cinema por 10 anos. O retorno aconteceu em sua terra natal, em 2016, com Quatro Contra o Banco (2016), thriller que acabou sendo o seu longa-metragem derradeiro.