Neste domingo, 16 de maio, começa a Mostra Competitiva do 11º Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira. Segundo os organizadores, esta mostra é dedicada às obras mais ousadas da seleção em termos de estética e discurso. Os dois primeiros filmes apresentados são Las Ranas (2020), documentário argentino sobre esposas de presidiários, dirigido por Edgardo Castro, e Supa Layme (2020), documentário peruano de Fumito Fujikawa sobre os vínculos entre Japão e Peru.
Ambos os títulos ficam disponíveis por 24h, com limite de 300 visionamentos por sessão. Outro destaque do domingo, exibido durante 24h, é o belo Edna (2021), nova obra de Eryk Rocha. O diretor efetua um retrato dos sangrentos conflitos de terras no norte do Brasil pelo olhar de uma mulher que resistiu a inúmeras formas de violência, registradas num diário poético intitulado “História da Minha Vida”. Leia a nossa crítica.
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Em paralelo, dois cineastas homenageados têm seus trabalhos exibidos no 11º Pachamama a partir deste domingo. Geraldo Sarno é representado por Sertânia (2019), um dos melhores e mais premiados filmes brasileiros dos últimos dois anos. Ele resgata a memória do cangaço para narrar a história de um homem do bando de Lampião, prestes a morrer, relembrando sua trajetória de vida. Leia a nossa crítica e a entrevista com o cineasta.
Já o argentino Fernando Solanas, falecido em 2020 devido à Covid-19, é relembrado pela exibição do excepcional La Hora de los Hornos, obra filmada clandestinamente entre 1945 e 1968, efetuando um panorama crítico da política local. Este título, um dos mais importantes da história do cinema argentino, ganha uma versão restaurada e reeditada por Solanas pouco antes de morrer.