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Sinopse
O monge franciscano William de Baskerville e seu pupilo, Adso, se dirigem a um distante monastério, onde um crime horrível acaba de ocorrer. Eles começam a investigar o que teria ocorrido.
O Nome da Rosa
O Nome da Rosa :: T01
Episódio | Data de exibição |
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O Nome da Rosa :: T01 :: E01 | 4/03/2019 |
Crítica
Primeira obra ficcional de Umberto Eco – e também um dos seus maiores sucessos – o livro O Nome da Rosa não é estranho também aos cinéfilos de plantão. Afinal, rendeu o longa homônimo – O Nome da Rosa (1986) – que até hoje é usado como referência em tramas detetivescas e medievais. Num momento em que praticamente todos os players de televisão e streaming se encontram desesperados para encontrar qual das suas atrações será o novo Game of Thrones (2011-2019), é até natural que se voltem a esse texto tão emblemático. É dessa conjunção, portanto, que nasce The Name of the Rose – ou, obviamente, apenas O Nome da Rosa (os dois nomes estão em uso pela exibidora no Brasil, a plataforma Starzplay). E pelo que se percebe no episódio de estreia – serão apenas 8 nessa temporada inaugural – é fácil antever que as apostas, ainda que altas, serão alcançadas (se não em todo, ao menos em parte).
Algumas figuras emblemáticas do longa de Jean-Jacques Annaud ganham nomes de igual destaque, como Sean Connery e F. Murray Abraham, aqui substituídos por John Turturro e Rupert Everett. A surpresa é o jovem Damian Hardung (Como Vender Drogas Online (Rápido), 2019), que assume o posto de narrador, o aprendiz Adso, que no cinema foi interpretado por um imberbe Christian Slater (que tinha apenas 15 anos na época, ao contrário de Hardung, com mais de 20). E se tais mudanças são necessárias, há também na condução da trama algumas alterações significativas que se fazem presentes desde o primeiro instante. Se antes o foco estava no mistério a respeito dos livros guardados em uma biblioteca medieval e o potencial que os mesmos guardavam, aqui fica evidente que o olhar adotado pelo diretor Giacomo Battiato irá privilegiar a ação e o andar dos acontecimentos. Não que essa conduta indique um problema em si, mas é de se questionar até que ponto esse viés não entrará em confronto com o enredo original.
No meio do século XIV, a Europa está em guerra. Ordens religiosas se manifestam contra a visão totalitária da Igreja Católica, e o papa Giovanni XXII instaura a Inquisição para fazer valer sua vontade. Tentando acompanhar de longe o desenrolar dessas desavenças está o frei William de Baskerville (Turturro), um franciscano que prega, entre outras coisas, que todo homem de Deus deveria levar uma vida próxima a do próprio Jesus Cristo, ou seja, sem riquezas ou ostentações. Como se pode imaginar, ele e seus iguais são vistos como párias por aqueles no poder constituído. Quando aceita o jovem Adso como pupilo, os dois partem numa longa caminhada, rumo a uma abadia distante. O propósito dessa viagem não é revelado de imediato. Porém, assim que chegam ao destino, um crime os aguarda: um dos párocos morreu ao cair de uma janela do alto de uma torre. Teria sido ele jogado, ou pulado por sua livre e espontânea vontade? Recebidos como alento pelo responsável do monastério, Fossanova (Michael Emerson, de Lost, 2006-2010), não irá demorar para que as perguntas que começam a fazer provoquem também incômodos e um desconforto geral. Afinal, o que esse lugar esconde de tão terrível?
Para quem assistiu ao filme, esse primeiro capítulo da série The Name of the Rose não apresenta muitas novidades. Se por um lado não se cria suspense a respeito da presença do inquisidor Bernardo Gui (Everett), o grande desafeto de Baskerville, que é visto desde o começo, todos os demais fatos aqui verificados estão expostos de forma bastante similar àquelas percebidas no longa-metragem. E se estão seguindo à risca, é previsível também que esse cuidado logo será deixado de lado, pois senão de que outra forma conseguirão estender a trama por mais sete horas? É sabido que o seriado não se trata de uma refilmagem da versão cinematográfica, e, sim, uma nova adaptação do livro, supostamente mais fiel. As expectativas, portanto, recaem sobre esses desdobramentos, não só no que será acrescido, mas também como esses encaixes serão feitos. Material para tanto, imagina-se, há de sobra. Resta apenas verificar a habilidade dos realizadores para uma tarefa dessa magnitude.
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