Crítica


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Sinopse

Dick Grayson, um jovem combatente do crime, e Rachel Roth, uma jovem garota especial possuída por uma estranha escuridão, acabam no meio de uma conspiração que pode trazer o Inferno para a Terra. Eles se juntam à cabeça-quente Estelar e o amável Mutano. Juntos, eles se tornam uma família e uma equipe de heróis.

Crítica

Se no episódio piloto de Titans os heróis são apresentados isoladamente, neste segundo o foco é a parceria formada por Dick Grayson (Brenton Thwaites) e Rachel (Teagan Croft). Desta vez, o primeiro Robin resolve buscar uma ajuda extra para esconder a jovem de seus perseguidores: Hank Hall (Alan Ritchson) e Dawn Granger (Minka Kelly), mais conhecidos como os heróis Rapina e Columba, com quem o parceiro do Batman firmou parceria anos atrás no combate ao crime. Mais do que isso. Neste capítulo dois, se revela mais um pouco do passado de Dick e seu envolvimento amoroso com Dawn. Ao mesmo tempo, uma estranha família que parece saída de um comercial de margarina também vai em busca de Rachel. Se primeiramente eles aparentam ser inofensivos, graças a uma estranha droga o quarteto de pai, mãe e filhos desenvolvem superforça para caçar sua presa.

A primeira cena mantém o clima de violência aos quais os heróis estão submetidos. Rapina está preso em correntes por uma quadrilha prestes a torturá-lo das mais diferentes formas. Na hora H, é salvo por Columba, com seus poderes ainda não bem explicados de luz e uma técnica de luta de dar inveja. Os dois não são apenas uma dupla, mas um casal. Ela quer largar esta vida de combates. Ele ainda precisa resolver um assunto pendente. Não bastasse este conflito, Hank é nervoso, ansioso, estourado, sendo Dawn sua bússola moral e de conforto devido à paciência e tranquilidade dela. Não é uma relação explosiva ou de abuso, mas se percebe um clima de estranhamento entre eles em diversos momentos, por mais fiéis que um seja ao outro. Talvez, por isso mesmo, a chegada (ou retorno) de Robin para suas vidas cause turbulências sérias.

Misturando flashbacks do passado com a situação presente, o episódio tenta de todas as formas trazer um pouco mais de questões a respeito da mudança de personalidade de Dick, que se torna tão ou mais violento que Hank na sua abordagem contra o crime. Ainda não é respondida a pergunta "afinal, por que ele deixou o Batman?", mas a solução parece estar próxima, com algumas peças se encaixando. Do lado de Rachel, só se sabe que, realmente, seus poderes e o misterioso demônio que habita seu ser são cada vez alvos mais procurados. Quem é essa família que quer tanto caçá-los? Mais importante ainda: a mando de quem? Este é um episódio que traz mais diálogos do que ação, mantendo o interesse pela série. Ainda mais com a introdução dos novos heróis, bem defendidos por seus intérpretes. Especialmente por Minka Kelly, que parece dominar o ambiente não apenas pela beleza e serenidade de sua Columba, mas também por apresentar tantas questões internas que podem influenciar a história mais à frente.

Para os fãs de Rapina e Columba, inclusive, esta é uma boa jogada dos criadores da série. Afinal, se a dupla não pertence ao time original dos Titãs das HQs, suas participações com a equipe sempre foram conflituosas, o que parece ressoar na versão da telinha também. Também é um trunfo dos roteiristas para manter o interesse na série, com novos figurinos, personalidades e poderes sendo desenvolvidos, por mais que novas dúvidas surjam enquanto as principais ainda estão com suas respostas sendo formuladas. O que vai acontecer a seguir não se sabe, ainda mais que (perdão o spoiler), Kory (Anna Diop) e Mutano (Ryan Potter) nem dão as caras neste capítulo, atiçando a curiosidade para o terceiro segmento da saga. Resta aguardar que não seja um deslize de roteiro, e sim um ás na manga.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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