Crítica


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Sinopse

Dick Grayson, um jovem combatente do crime, e Rachel Roth, uma jovem garota especial possuída por uma estranha escuridão, acabam no meio de uma conspiração que pode trazer o Inferno para a Terra. Eles se juntam à cabeça-quente Estelar e o amável Mutano. Juntos, eles se tornam uma família e uma equipe de heróis.

Crítica

Se o episódio anterior foi um balde de água fria, neste as coisas voltam aos eixos com muitas revelações, ação ininterrupta e explosões (não só) dramáticas. Asylum é o capítulo pelo qual todos torcíamos desde que Titans começou a ser exibida, e quase nos faz esquecer do marasmo da semana passada. Com a revelação de que a mãe de Rachel (Teagan Croft) está viva, é hora de finalmente juntar os cacos e tomar a frente. Ao invés de ser perseguidos, desta vez os Titãs vão à caça. Ainda que sofram muitos efeitos colaterais no caminho.

Rachel está mais que perturbada após descobrir que sua mãe biológica pode ser uma prisioneira da organização que a persegue. Ainda não se sabe os motivos que levaram várias pessoas desse grupo a isso, mas as pistas que apontam ao encontro do pai da garota estão gradativamente mais claras. Apesar da contrariedade de Dick (Brenton Thwaites) e Kory (Anna Diop), os mais velhos da equipe, que pretendem bolar um plano meticuloso com extrema cautela, Rachel recebe a ajuda de Gar (Ryan Potter) para "fugir" e ir ao asilo a fim de tentar entender o que se passa, e libertar sua mãe, se for o caso.

Obviamente, a impetuosidade dos dois adolescentes faz com que ambos sejam capturados. Dick e Kory, em sua busca pela dupla, também acaba aprisionado. E as sessões de tortura dos membros dos Titãs são tão dolorosas quanto interessantes ao desenvolvimento dos personagens. Kory, analisada numa mesa cirúrgica, é cortada várias vezes numa tentativa dos cientistas do local para descobrir a fonte de seus poderes. Dick é amarrado e violentado psicologicamente, sofrendo várias ilusões sobre estar ou não no local – e como seus traumas do passado acabam influenciando de forma inteligente isso. Gar é enjaulado e tratado como uma fera a ser domada, o que eleva seus instintos raivosos, contraste com a leveza no trato pessoal.

Rachel é a única prisioneira tratada como "convidada" (até o limite permitido a alguém sequestrado), o que acaba sendo uma via de mão dupla perigosa, tanto para si quanto para o Dr. Adamson (Reed Birney), com quem a garota tem um intenso debate sobre escapar e, porventura, acabar prejudicando os companheiros. Não há dúvidas sobre ela ser a protagonista deste capítulo, mesmo que os outros três personagens tenham bons momentos (inclusive com Gar finalmente mostrando a intensidade e ferocidade de seu poder, como nunca antes). É no fundo dessa prisão que o time realmente age como uma equipe pela primeira vez, inclusive com uma violência que, até então, era intensa, mas não tão radical como aqui. Realmente, Titans está bem longe das usuais séries "água com açúcar" da DC Comics exibidas pela CW até então.

Além de uma verdadeira integralidade da equipe, Asylum conta com pontos extremamente fortes na direção e na fotografia, esta escura ao máximo, mas com uma luz sobre seus protagonistas, como se refletindo (ainda que de maneira óbvia) as revelações que cada um tem a colocar em xeque. Com um final literalmente explosivo, outros pontos começam a surgir. E um dos principais é sobre, finalmente, Dick acertar uma direção. Resta esperar os próximos episódios para entender como isso vai de desenvolver.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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