20220218 chay suede papo de cinema

A Jaula (2022) é o tipo de filme que representa um desafio enorme para um ator. Sim, pois a trama conta, basicamente, com um personagem em cena durante quase toda a sua duração. Essa história dá conta de um jovem preso num jogo sádico depois de arrombar uma SUV para roubar alguns artefatos. Chay Suede vive esse rapaz que fica literalmente trancafiado num espaço minúsculo, à mercê de um desconhecido que tenta justificar seus atos por estar farto de ser assaltado. A construção desse personagem precisa ser física e mentalmente muito minuciosa, afinal de contas estamos falando de alguém que vai definhando gradativamente enquanto o tempo passa. E o trabalho de composição de Chay dá conta do recado, sendo peça fundamental à sensação de angústia e claustrofobia que o filme transmite. Esse personagem se transforma num corpo que padece lenta e brutalmente para revelar o pensamento de seu algoz, não à toa aquele que nessa dinâmica detém o poder, o homem que deve estufar o peito para dizer que é doutor. A Jaula é também o tipo de filme que suscita muitos debates, principalmente dentro de uma sociedade polarizada como a que temos hoje no Brasil. Para saber um pouco mais como foi a concepção desse personagem, conversamos remotamente com Chay Suede. E esse Papo de Cinema exclusivo você confere logo abaixo.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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