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20140729 02 fernanda machado papo de cinemaA atriz Fernanda Arrias Machado é paranaense, da cidade de Maringá, e começou sua carreira artística nos palcos, com apenas 14 anos de idade. Logo recebeu convites para a televisão, e em 2004 marcou presença no elenco da novela Começar de Novo, exibida pela Rede Globo. Logo em seguida vieram outros trabalhos também no teatro e no cinema, no qual estreou com o pé direito logo no campeão de bilheteria Tropa de Elite (2007), do diretor José Padilha, premiado com o Urso de Ouro como Melhor Filme no Festival de Berlim. Após ter tido sua primeira experiência em Hollywood na comédia A Brasileira (Man Camp, 2013), ao lado de astros como Dean Cain e Mariel Hemingway, ela voltou às telas nacionais com o suspense Confia em Mim (2014), em que apareceu como protagonista dividindo a cena com Mateus Solano. E foi no lançamento deste longa que o Papo de Cinema conversou com exclusividade com Fernanda Machado. Confira!

 

Qual seu filme favorito?
Às vezes tem tantos filmes que nos tocam das maneiras mais diferentes possíveis, que é difícil escolher um só. Um filme que posso dizer que é meu de ‘cabeceira’, daqueles que vou carregar para sempre comigo, é o Pequena Miss Sunshine (2006). São filmes como esse, despretensiosos, mas com um forte lado psicológico, que me fazem viajar com eles. Cinema, pra mim, tem que ter pegada, te envolver nessa história, e nesse eu mergulhei por completo. Mas como eu disse antes, é muito complicado eleger apenas um título, são muitos que moram no meu coração.

 

Cinema ou televisão, qual lhe dá mais prazer fazer e assistir?
Na verdade como atriz isso não faz muita diferença. Eu vim do teatro, depois dei uma paradinha por causa de um problema de coluna que tive. Isso foi um trauma, pois sou apaixonada pelos palcos. Mas acho que um artista completo tem que fazer de tudo um pouco, e sempre gostei de passear pelas diferentes áreas da atuação. São veículos diferentes, que ensinam coisas distintas, e todos possuem a dor e a delícia deles próprias. Não tenho o preferido. Por exemplo, tem um filme que adorei ter feito, o Amanhã Nunca Mais (2011), que foi lançado com apenas 30 cópias, quase ninguém viu, e foi uma tremenda injustiça, pois acho que é uma comedia ótima. Agora, num capítulo de novela você pode ter quinhentos problemas, se achar a pior atriz do mundo. E todo mundo assiste! Tem sua importância, como no caso da homossexualidade na novela Amor à Vida, foi incrível! Adorei o que fizeram, também como espectadora! Então é preciso reconhecer a relevância de cada meio.

 

Dos últimos filmes a que você assistiu, qual recomendaria?
Neste momento estou apaixonada pelo Ela (2013), que amei de paixão. Outro dia mesmo revi e percebi coisas que haviam me passado das vezes anteriores. Amo esse tipo de filme, que faz pensar, é questionador, e coloca em debate tanto a respeito daquilo que já está acontecendo ao nosso redor.

 

Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Passei por uma situação muito louca tempos atrás, logo após ter participado do Tropa de Elite. Um diretor americano que viu – e gostou – do filme, me chamou e fui até os Estados Unidos fazer um teste para um outro projeto. Bom, acontece que acabei perdendo este filme, mas ganhei um marido, pois foi durante essa viagem que conheci o homem da minha vida! Então, acho que um bom título seria O Filme que Não Fiz e que Mudou a Minha Vida!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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