Nascido em 1979, Tomás Portella é diretor, montador e assistente de direção. Durante sua formação se envolveu em diversas produções de muito sucesso, como Meu Nome Não é Johnny (2007) e os internacionais Ensaio sobre a Cegueira (2008) e O Incrível Hulk (2008), ambos com cenas filmadas no Brasil. Desde então, no entanto, tem se aventurado como realizador, assinando seus próprios filmes e investindo na variação de gêneros. Depois da comédia romântica Qualquer Gato Vira-Lata (2011) e do suspense Isolados (2014), ele já está com dois novos longas prontos para chegarem aos cinemas neste ano: a comédia dramática Desculpe o Transtorno, com Gregório Duvivier, e o thriller de ação Boletim de Ocorrência, com Cleo Pires. No meio dessa correria, o cineasta encontrou tempo para conversar com o Papo de Cinema e revelar com exclusividade seus filmes favoritos e suas principais influências. Confira.
Qual seu filme favorito?
Nossa, um filme favorito? Tenho tantos que gosto… Alguns dos meus cineastas favoritos são o Stanley Kubrick e o Giuseppe Tornatore, que pra mim é um mestre! Acho Cinema Paradiso (1988), por exemplo, o mais fraco dele, pois tem coisas que ele fez depois que são ainda mais impressionantes. Uma Simples Formalidade (1994) é um dos melhores! O cara arrebenta, com apenas dois atores em cena deixa o espectador de queixo caído o tempo inteiro. Tudo só numa locação… sabe, tem muito do Isolados nesse aspecto, agora que estou me dando conta, foi algo inconsciente. Gosto muito do cinema espanhol, também. Eu adoro ver filmes. Sou aquele tipo de cara que quando liga a tevê, pode estar passando a pior porcaria que não me importo, fico grudado até o fim! Depois até me pergunto “por quê assisti a esse filme?”, mas não consigo largar. Embarco na história facilmente. Pra se ter uma ideia, quando quero buscar uma referência para o meu próprio trabalho, procuro assistir sem som, porque se o volume estiver ligado em dois minutos viro espectador e esqueço o que tava procurando. Amo filmes como Forrest Gump: O Contador de Histórias (1994), por exemplo, que vai para todos os lados – tem ação, romance, suspense – e está tudo no personagem. É incrível. Lembro do diretor reclamando nas entrevistas de quando foi lançado que todo mundo só queria saber dos efeitos especiais, que eram super revolucionários, mas ele queria falar da história, do enredo. Gosto muito!
Qual filme recente você recomendaria?
Gostei muito de O Lobo Atrás da Porta (2013), achei fantástico, o Fernando Coimbra arrebentou, o elenco está fantástico, e a Leandra Leal dispensa comentários. O Milhem Cortaz está numa posição em que nunca esteve, como um cara mais contido, e geralmente ele faz um tipo mais explosivo, pra fora. É bom vê-lo em algo diferente. Acho que, dos recentes, O Lobo é o que mais me impactou. É filme pra gente grande.
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Se a minha vida fosse um filme? Seria… hã… caramba, teria que ser algo relacionado a trabalho. Tipo “Meu Nome é Trabalho”! Tenho muitos projetos, e quero vê-los prontos. Então vou correr atrás. Me aguardem!
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