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No fim de semana em que duas comédias nacionais estreiam juntas para disputar nossas bilheterias, a aventura sci-fi Divergente (2014) também busca seu lugar entre as novidades nos cinemas com a intenção de capturar e cativar espectadores mais jovens. Primeira parte da saga inicialmente apresentada nos livros de Veronica Roth, a superprodução apresenta uma sociedade pós-apocalíptica na qual as pessoas são divididas entre distritos baseados em suas virtudes – com exceção do grupo que dá título ao filme.

Em outra sociedade distópica adaptada da literatura está 1984 (1984), visão do cineasta Michael Radford para a obra de George Orwell, publicada em 1949, que definiu alguns parâmetros de como o futuro era imaginado no passado. Num universo governado por um rígido regime totalitarista, um homem incumbido de reescrever a história da humanidade desafia todas as leis a qual é submetido quando se apaixona.

Entre imaginações e reinvenções para a já muito complexa sociedade na qual vivemos, estes dois filmes dividem pontos em comum em enredo e narrativa, assim como nos seis graus que os separam e que o Papo de Cinema apresenta a seguir. Para tornar o jogo mais interessante, elegemos apenas filmes que apresentam realidades alternativas para o nosso mundo, seja no passado, presente ou futuro. Confira!

 

seis graus divergente papo de cinema011. Divergente (2014)

Não é tão recente o movimento de adaptações cinematográficas para obras de apelo juvenil, e Divergente é a mais nova saga que busca espaço neste filão já muito disputado por franquias como Crepúsculo (2008 a 2012) e Jogos Vorazes (2011 e 2013). No universo ficcional desta superprodução, a jovem atriz Shailene Woodley se projeta como musa teen ao contracenar com atores do calibre de Kate Winslet, que na adaptação do livro de Veronica Roth dá corpo a líder da facção dos eruditos Jeanine.

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seis graus divergente papo de cinema032. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004)

Numa caracterização muito divergente da ficção supracitada, Kate Winslet eternizou em multicores os cabelos e o carisma da Clementine de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Este clássico instantâneo de Michel Gondry e Philip Kauffman, inventivo e emocionante, ainda tem no elenco Jim Carrey, Kirsten Dunst, Mark Ruffalo e o simpático Elijah Wood.

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seis graus divergente papo de cinema053. Sin City: A Cidade do Pecado (2005)

Ainda no campo das adaptações, esta visão repaginada dos quadrinhos de Frank Miller colocou Elijah Wood como o franzino Kevin num dos segmentos mais controversos de Sin City. O visual do filme criou uma nova faceta para o que era concebido como neo-noir e ele é aclamado por muitos como a obra máxima de Robert Rodriguez, talvez por conta da infinidade de musas que sensualizam em tela: de Jessica Alba a Carla Gugino.

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seis graus divergente papo de cinema074. Sucker Punch: Mundo Surreal (2011)

No literalmente surreal mundo de Sucker Punch, Carla Gugino é novamente apresentada como deleite para os olhos e desta vez também para os ouvidos, uma vez que ela até arrisca algumas investidas na trilha sonora do filme de Zack Snyder. Quem também esconde seu talento musical é Jena Malone, que aparece neste divertido sci-fi como a explosiva Rocket e, longe das câmeras, desenvolve um projeto de música experimental.

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seis graus divergente papo de cinema095. Contato (1997)

Muito antes de ensaiar qualquer nota ou acorde, Jena Malone estreava frente às câmeras aos 13 anos de idade. Um de seus primeiros trabalhos foi interpretar a versão jovem de Jodie Foster em Contato, ótima adaptação de Robert Zemeckis para a obra máxima de Carl Sagan. Além de um jovem Matthew McConaughey, o filme conta também com John Hurt como o excêntrico bilionário que financia uma pesquisa em busca de contatos extraterrestres.

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seis graus divergente papo de cinema116. 1984 (1984)

Eis que finalmente chegamos a este importante trabalho de John Hurt, que estrela a adaptação de outra obra-prima literária, desta vez concebida por George Orwell. A produção britânica, dirigida e roteirizada por Michael Radford, apresenta uma sociedade distópica governada por um sistema rígido e totalitário. Não considere qualquer semelhança com Divergente como mera coincidência.

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As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Graduado em Publicidade e Propaganda, coordena a Unidade de Cinema e Vídeo de Caxias do Sul, programa a Sala de Cinema Ulysses Geremia e integra a Comissão de Cinema e Vídeo do Financiarte.
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