Que Denzel Washington é um dos maiores astros de Hollywood, todos sabem. Indicado seis vezes ao Oscar e vencedor por duas vezes (Melhor Ator Coadjuvante por Tempo de Glória, 1989; e Melhor Ator por Dia de Treinamento, 2001), além de colecionar outras dezenas de prêmios e elogios do público, o intérprete já não precisa provar nada a ninguém. Não à toa tem investido em diversos filmes de ação nos últimos anos. Alguns de qualidade duvidosa – já ouviram falar em Déjà Vu (2006)? -, outros merecedores de aplausos, como O Livro de Eli (2010). Porém, o gênero sempre mexe com a cabeça dos espectadores e da crítica. Com O Protetor, seu novo filme, não poderia ser diferente. Nesta semana, os críticos do Papo de Cinema Thomás Boeira e Robledo Milani sacam suas armas para atacar e, consequentemente (com o perdão do trocadilho), proteger a nova aventura protagonizada por Washington e Chloë Grace Moretz. Confira!
A FAVOR :: “Veículo perfeito para a consagração do maior astro negro de Hollywood no momento”, por Robledo Milani
Adaptação da série de televisão inglesa homônima lançada em 1985, o mais recente longa estrelado por Denzel Washington é um veículo perfeito para a sua consagração como o maior astro negro de Hollywood no momento – por onde anda mesmo Will Smith? Novamente sob o comando do amigo Antoine Fuqua (com quem fizera antes o policial Dia de Treinamento, 2001, pelo qual ganhou seu Oscar de Melhor Ator), Washington é o protagonista absoluto deste thriller que sabe explorar com competência todas as suas principais qualidades: o caráter acima de qualquer suspeita, a eficiência profissional, o charme com as mulheres de todas as idades e uma irresistível simpatia por qualquer um que esteja ao seu lado. Decidido a usa suas habilidades especiais, adquiridas após anos no Serviço Secreto, para acabar com a máfia russa em sua cidade, ele encarna com perfeição o homem no qual podemos confiar – os percalços podem até existir, e são eles necessários para manter a tensão em alta, mas sabemos de antemão quem irá sorrir por último. E como é bom torcer por time que está ganhando! Os mais de US$ 100 milhões arrecadados nas bilheterias de todo o mundo comprovam que Denzel está no auge de sua carreira, e este filme é apenas um – competente – lembrete disso.
CONTRA :: “Roteiro inchado em um thriller razoável e pouco memorável“, por Thomás Boeira
Apesar de ter comandado o eficiente Dia de Treinamento (2001), que deu o Oscar de Melhor Ator a Denzel Washington, Antoine Fuqua não é dos melhores diretores e bombas como Rei Arthur (2004), Atirador (2007) e Invasão à Casa Branca (2013) deixam isso claro. Não chega a ser uma surpresa, portanto, que ele retome a parceria com Washington em O Protetor. Tendo uma grande presença com seu olhar penetrante e sua voz calculada, o ator se revela o ponto alto do filme. Os obstáculos ao longo da narrativa, infelizmente, enfraquecem o resultado final. Os problemas nem começam no fato de a história ser parecida com o que já vimos em outras obras (homem misterioso que tenta levar uma vida normal, mas que é obrigado a voltar a abraçar seu lado mais sombrio), e sim nos problemas de ritmo graças ao roteiro inchado, que traz pequenas subtramas que só alongam o filme desnecessariamente, além do vilão caricatural de Marton Csokas e da direção de Fuqua, que até cria uma atmosfera sombria intrigante durante a maior parte do tempo, mas conduz as cenas de ação de forma que, em determinados momentos, elas se tornam quase incompreensíveis. O Protetor certamente poderia ter sido mais interessante, mas do que jeito que ficou acaba sendo um thriller razoável e pouco memorável.
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