Na onda de celebrações do Dia da Mulher, o Papo de Cinema destaca aqui cinco talentos femininos que mostram o melhor do cinema nacional. O foco era propor um olhar para nomes que não só embelezam as telas, mas também criam e revolucionam a produção cinematográfica brasileira, atuando nas mais diversas frentes. Uma homenagem singela, mas nunca além da conta! Afinal, elas merecem!
Laís Bodanzky
Nascida no dia 23 de setembro de 1969, é casada com o também cineasta Luiz Bolognesi. Juntos, os dois mantém desde 2005 o projeto Cine Tela, que já promoveu sessões gratuitas de cinema ao céu aberto pelo interior do país em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Além de diretora, é também roteirista, e tem em seu currículo o documentário Cine Mambembe: O Cinema Descobre o Brasil (1999) e os elogiados longas de ficção Bicho de Sete Cabeças (2001), Chega de Saudade (2007) e As Melhores Coisas do Mundo (2010). Por este último foi premiada como melhor diretora pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, enquanto que por Bicho ganhou os troféus dos festivais de Recife e de Brasília, além do Grande Prêmio Brasil de Cinema.
Melhor filme: Bicho de Sete Cabeças
Lúcia Murat
Uma das maiores cineastas brasileiras, nasceu no Rio de Janeiro em 1949 e foi presa e torturada durante a Ditadura Militar no Brasil. Esta traumática experiência se refletiu em diversos dos seus trabalhos, como no inédito A Memória que me Contam (2012). Foi premiada no Festival de Gramado por Uma Longa Viagem (2011), em Huelva (Espanha), Mar del Plata (Argentina), no Rio de Janeiro e pelos críticos de São Paulo por Quase Dois Irmãos (2004) e no Festival de Brasília por Que Bom Te Ver Viva (1989). É mãe da cineasta Júlia Murat, de Histórias Que Só Existem Quando Lembradas (2011).
Melhor filme: Quase Dois Irmãos
Malu Mader
Uma das maiores e mais belas atrizes brasileiras, já atuou em mais de 20 novelas e seriados de televisão. Filha de um coronel do exército brasileiro e de uma assistente social, possui ascendência libanesa. É casada desde 1990 com o músico e escritor Tony Bellotto e é tia da também atriz Erika Mader. No cinema atuou em diversos longas de sucesso, como Rock Estrela (1986), Feliz Ano Velho (1987), O Invasor (2001) – pelo qual foi indicada como Melhor Atriz Coadjuvante no Grande Prêmio Brasil de Cinema – e Bellini e a Esfinge (2002) – que lhe rendeu um prêmio no Festival de Cinema Brasileiro de Miami. Em 2008, no entanto, estreou como realizadora, co-dirigindo o documentário Contratempo, ao lado de Mini Kerti.
Melhor filme: O Invasor
Patricia Pillar
Patricia Gadelha Pillar nasceu no dia 11 de janeiro de 1964 em Brasília, e após atuar como modelo estreou no cinema em 1983 no longa Para Viver Um Grande Amor, de Miguel Faria Jr. Somente depois é que foi aparecer na televisão, onde se tornou uma popular atriz de novelas. Desde então tem marcado presença na tela grande em filmes como A Maldição de Sanpaku (1992), O Quatrilho (1995) – indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro – Amor & Cia (1998), que lhe deu um Candango de Melhor Atriz no Festival de Brasília, e Zuzu Angel (2006), pelo qual foi indicada ao Grande Prêmio Brasil de Cinema. Em 2007 estreou como diretora com o documentário Waldick: Sempre no Meu Coração, selecionado para o Festival de Paulínia e premiado no FestNatal.
Melhor filme: Zuzu Angel
Rosane Svartman
Cineasta, roteirista e diretora de televisão, nasceu em Memphis, nos Estados Unidos, mas veio para o Brasil ainda criança, com os pais. Foi criada no Rio de Janeiro, onde estudou cinema no Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF. Estreou como realizadora com a comédia romântica Como Ser Solteiro (1998), que tinha como foco os relacionamentos amorosos dos jovens cariocas. Por este trabalho ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Brasília e o prêmio do júri popular no Festival de Cinema Brasileiro de Miami. Depois dirigiu sua atenção aos adultos em busca de sua alma gêmea em Mais Uma Vez Amor (2005), e em seguida aos adolescente descobrindo o mundo em Desenrola (2011). Atualmente está em cartaz com o infantil Tainá 3: A Origem (2013), que comprova sua versatilidade como diretora.
Melhor filme: Desenrola
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