INDICADOS
Uma das categorias técnicas mais prestigiadas entre quem entende e gosta de moda é a de Melhor Figurino. Afinal, as roupas também fazem parte da ambientação em que vivem os personagens e qualquer deslize por de ser fatal. Neste ano, não há nenhum estreante entre os indicados. Inclusive quatro já levaram o Oscar para casa. Colleen Atwood já foi indicada onze vezes e levou em três a estatueta para por Chicago (2002), Memórias de uma Gueixa (2005) e Alice no País das Maravilhas (2010). Será que ela vai receber o Oscar mais uma vez por Caminhos da Floresta? Milena Canonero está em sua nona indicação por O Grande Hotel Budapeste. A figurinista já levou o ouro duas vezes por Maria Antonieta (2005) e Carruagens de Fogo (1981). Mark Bridges está em sua segunda indicação por Vício Inerente, já tendo levado o prêmio por O Artista (2011). Especialista em filmes de época, Jacqueline Durran aparece pela quarta vez na festa com Sr. Turner, já tendo recebido os louros uma vez por Anna Karenina (2012). A única sem troféu nenhum é Anna B. Shepard, agora em sua terceira indicação por Malévola.
Milena Canonero é a grande favorita pelo seu incrível trabalho no longa de Wes Anderson. O Sindicato dos Figurinistas é um dos últimos a entregar seus prêmios antes do Oscar, (dia 17 de fevereiro, neste ano), então tudo pode acontecer. Ainda assim, todos já tão por certa sua vitória, seja na guilda ou pela Academia. E como já é de se prever que, de suas nove indicações, o filme só deve levar as mais técnicas, esta deve ser uma delas. E com aplausos.
Anna B. Shepard não fez um trabalho ruim, muito pelo contrário. Um dos principais motivos para se assistir o filme estrelado por Angelina Jolie, além da própria atriz, é sua reconstituição de época, tanto nos cenários quanto, é claro, no figurino. No entanto, o longa ficou extremamente dividido perante a crítica, apesar da boa bilheteria. Sem falar que Shepard é a única da lista que ainda não recebeu um estatueta. Isto pode contar muito a favor.
Entre os diversos e vergonhosos “esquecimentos” (ou seria má vontade?) da Academia com esta bela cinebiografia, um deles é a falta de Ruth E. Carter nesta categoria. A figurinista, já indicada por Malcolm X (1992) e Amistad (1997) fez um excelente trabalho, especialmente no que tange às roupas e adereços da comunidade negra no sul dos EUA dos anos 60. Se é para lembrar dos tais filmes de época, que lembrassem de um que reconstitui com fidelidade um certo período, assim como este exemplar.
Confira a lista completa de indicados e as chances de cada um no nosso Especial Oscar 2015