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País homenageado da vigésima quarta edição do Cine Ceará, a Argentina é tema de três mostras paralelas e não competitivas aqui em Fortaleza. Com o tema Novo Cinema Argentino, essa programação especial se divide em Retrospectiva, LGBT e Cinco Noites de Terror. A primeira delas teve suas sessões inaugurais no domingo, 16, segundo dia da programação oficial do evento. E a boa surpresa foi a presença em peso do público, que tem acesso gratuito à todas as exibições do festival.

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Sala cheia durante a Mostra Olhar do Ceará

A Mostra Foco Argentina – Retrospectiva apresentou em sua sessão inaugural o curta de animação O Emprego (El Empleo, 2008), de Santiago Grasso. A produção ganhou o prêmio da crítica no Festival de Annecy (o mais importante do gênero em todo o mundo), na França, além de ter sido premiado também nos festivais de Córdoba, Havana, Hiroshima, Lleida e Mar del Plata. Na sequência, foi a vez do longa Ninho Vazio (2008), de Daniel Burman. Premiado no Festival de San Sebástian, esse longa estrelado por Oscar Martinéz e Cecília Roth é um dos destaques da carreira do cineasta, que estará em Fortaleza no final da semana para uma conversa com o público sobre sua obra, além de ser um dos homenageado oficiais do Cine Ceará. Uma presença importante e que certamente faz jus ao melhor do que o cinema argentino tem apresentado nos últimos anos.

Às 16h foi a vez da primeira sessão da Mostra Olhar do Ceará, com a projeção de quatro curtas – Lastro: Memórias do Edifício São Pedro (2014), de Rebeca Prado e Azevedo; Atalho (2013), de David Aguiar, Paulo Ribeiro e Sabina Colares; Visita ao Filho (2013), de Frederico Benevides; e Companhia Batepalmas (2014), de Rui Ferreira – seguido por debate com os realizadores.

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Rui Ferreira, diretor de Companhia Batepalmas

No Theatro José de Alencar, à noite, teve sequência as mostras competitivas de curtas e longas. Na primeira, foi a vez do belo Eu Não Digo Adeus, Digo Até Logo (2014), de Giuliana Monteiro, e do tenso História Natural (2014), de Júlio Cavani. Este vem do Pernambuco e já havia passado por outros festivais, como o de Gramado, enquanto que o anterior, paulista, encantou a plateia com sua história de um menino em busca do pai que não conhece. Ambos possuem boas chances de figurar entre os premiados deste ano.

Depois foi a vez do documentário brasileiro A Vida Privada dos Hipopótamos (2014), de Maíra Bühler e Matias Mariani. Já exibido no Festival do Rio e partindo de uma premissa interessante – a rotina de presidiários estrangeiros no Brasil – o longa se aventura por uma história surreal sobre um norte-americano preso em São Paulo após se apaixonar por uma colombiana cheia de segundas intenções. Em uma trama em que nada é o que parece ser, os diretores brincam com as expectativas do público em uma história bem construída e repleta de reviravoltas. Uma boa surpresa.

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Publico presente no 24º Cine Ceará

A noite terminou com a exibição hors concours de Boa Sorte (2014), longa estrelado pela homenageada Deborah Secco. Premiado no Paulínia Film Festival e exibido também nos festivais do Rio de Janeiro e de São Paulo, esta produção tem roteiro do gaúcho Jorge Furtado e conta ainda com Fernanda Montenegro no elenco. A previsão de estreia no circuito comercial é para a próxima quinta-feira, dia 20. Por fim, assim como promete ser uma constante em todas as noites do festival, o público se divertiu com uma apresentação musical no espaço adjunto ao Theatro José de Alencar. Neste domingo o show foi da Banda Leite de Rosas e os Alfazemas, que relembrou clássicos do cancioneiro brega nacional.

(O Papo de Cinema é um veículo convidado oficial do 24° Cine Ceará)

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